Creator Economy 2025: Profissionalização, Ruptura e o Futuro dos Criadores como CEOs
Descubra como a Creator Economy está evoluindo em 2025: da profissionalização dos influenciadores ao impacto das novas regras de mercado, plataformas e investimentos. Um guia essencial para criadores e marcas que pensam no longo prazo.
TECNOLOGIA
Equipe Ublee
5/3/20254 min ler


A Era da Profissionalização
“2025 é o ano da profissionalização da Creator Economy.” — Jasmine Enberg, eMarketer
A Creator Economy deixou de ser uma terra de improviso para se tornar um setor estratégico da nova economia digital. Segundo o eMarketer, cerca de 60% da receita dos criadores agora vem de parcerias com marcas, e não mais de plataformas ou do público diretamente.
Esse novo ciclo exige profissionalismo, estrutura e visão de negócios. Criadores estão contratando equipes, abrindo CNPJs, investindo em assessoria jurídica e plataformas de análise de dados. Eles não são mais apenas influenciadores — são empreendedores de mídia. E os anunciantes perceberam isso: campanhas com criadores agora se expandem para CTV (TV conectada), podcasts e até mídia em pontos de venda (retail media).
Exemplo? O YouTuber MrBeast, que em vez de apenas produzir vídeos, criou uma rede de negócios com fast food, chocolates, apps e investimentos. Criar conteúdo virou apenas uma das peças da engrenagem. A nova regra é clara: criador bom é criador que pensa como CEO.
O Fim da Ilusão da Plataforma
“Criadores não percebem o quanto são limitados pelas plataformas que usam.” — Molly White, Self
Por trás do brilho das plataformas, existe um sistema de dependência e opacidade. TikTok, Instagram e YouTube vendem alcance — mas controlam o canal. O algoritmo decide quem vê o quê, quando e por quanto tempo.
Em vez de feeds baseados em seguidores, a lógica agora é preditiva e algorítmica. Isso trouxe crescimento explosivo, mas rompeu o vínculo entre criadores e suas audiências. 70% dos criadores relatam que hoje é mais difícil alcançar seus próprios seguidores do que há cinco anos, segundo o relatório State of Create.
O antídoto é a soberania digital: sites próprios, newsletters, podcasts, comunidades fechadas. Criadores que constroem seus próprios canais de distribuição (como Tim Ferriss, Lenny Rachitsky ou Amanda Natividad) garantem controle, dados e receita direta. Plataformas são importantes, mas não podem ser o único terreno de jogo. Quem não constrói fora delas, corre o risco de desaparecer com uma mudança de algoritmo.
Entretenimento ou Morte
“Você não está competindo com outros comerciais. Está competindo com Kendrick Lamar.” — Jon Evans, System1
A internet entrou em sua fase zumbi: recheada de conteúdo automatizado, superficial e sem alma. Chatbots geram vídeos, marcas copiam fórmulas, influenciadores replicam tendências. O resultado é um mar de irrelevância.
Nesse cenário, só sobrevive quem realmente entretém. Marcas como Duolingo (com sua coruja sarcástica) ou Liquid Death (água com branding de metal) entenderam isso. Elas não fazem publicidade — fazem performance, sketch, cultura.
O mesmo vale para criadores. Quem não dominar as artes do storytelling, humor, timing e originalidade está condenado ao scroll infinito da indiferença. A nova métrica de sucesso não é mais só view ou CTR — é atenção real e afeto cultural. É preciso ser mais Netflix e menos PowerPoint.
A Nova Valorização dos Criadores
“Sam & Colby valem entre 30 e 40 milhões de dólares.” — Tyler Chou, Law for Creators
Criadores não são mais vistos como talentos temporários, e sim como ativos valiosos. O mercado começou a reconhecer o que o público já sabia: canais no YouTube, perfis no TikTok e newsletters de nicho podem ser empresas escaláveis.
Sam & Colby, criadores de conteúdo paranormal no YouTube, têm avaliação de mercado na casa dos US$ 40 milhões. E não estão sozinhos. VCs como Slow Ventures, a16z e Night Ventures já investem diretamente em criadores e suas empresas — mesmo aquelas que “faturam apenas” US$ 1 a 2 milhões por ano.
Isso cria um novo ciclo: investimento → crescimento → aquisições. YouTubers estão vendendo seus canais como se fossem startups. Criadores com audiência fiel, modelo de monetização validado e múltiplas fontes de receita são os novos fundadores da economia digital.
Ruptura nas Regras do Jogo
“Estamos diante de um momento binário: ou você inova, ou você morre.” — Dan Salkey, Small World
A Creator Economy já não é mais território livre. A regulação está chegando. A proposta de banimento do TikTok nos EUA é só o começo. Leis de proteção infantil, regulamentações de IA, regras de publicidade e direitos autorais estão em pauta em todo o mundo.
Além disso, cresce a discussão sobre direitos trabalhistas dos criadores — especialmente aqueles vinculados a agências, plataformas ou coletivos. Ferramentas como Clara (transparência de contratos) e Fuck You Pay Me (avaliação de marcas e pagamentos) mostram que a comunidade está organizando-se para cobrar justiça e clareza.
Quem joga pelas regras antigas será pego de surpresa. Compliance, ética, contratos e proteção legal se tornaram competências obrigatórias. A era do “só fazer conteúdo” acabou. Agora, é jogo político e jurídico também.
Quem Está Jogando no Longo Prazo?
“A Creator Economy pode valer $500B em 2028 — mas os times de parcerias estão sendo dizimados.” — Jim Louderback
O mercado está esfriando. Orçamentos de marcas foram cortados, layoffs atingiram agências e plataformas, e o burnout é real. Mas isso não é o fim — é o início da maturidade.
A previsão de que a Creator Economy pode chegar a US$ 500 bilhões em 2028 continua de pé. Mas só vai colher quem plantar com visão de longo prazo. Isso significa criar IPs próprios, desenvolver produtos, formar comunidade real, diversificar receita e construir propriedade digital.
É hora de pensar como fundador, não como freelancer. Criador é mídia, é marca, é distribuidor. Conteúdo é o novo marketing. Comunidade é o novo capital. E quem entende isso está construindo o futuro — silenciosamente, com consistência e estratégia.
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